sexta-feira, 28 de junho de 2013


Avô do aeroporto dá PITO nos vereadores


Reportagem João Melo
Raramente, muito raramente mesmo, um vereador se empenha em prestar atenção na fala das pessoas que ocupam espaço na Tribuna Livre da Câmara Municipal. Alguns conversam entre si, ficam pendurados no telefone, as vezes saem das cadeiras e esta falta de cortesia é sentida há muito tempo.
É como se não existissem pessoas falando. Ignoram solenemente quem faz uso da palavra, como se isto fosse civilizado e muito bonito. É como se determinadas figuras fossem invisíveis. Alguns procedem como se estivessem numa aula do jardim de infância. Só falta mesmo, jogarem bolinhas de papel.
Se esta atitude de descortesia fosse no Japão, por exemplo, seria um ato vil, pois a maior ofensa que se pratica contra os japoneses, é ignorá-los. Não olhar e não prestar atenção, no que alguém fala, soa pior do que uma chibatada. Os alemães também exigem atenção na sua fala.
Hoje, quarta-feira, 26, o presidente do Movimento Contra a Morte Prematura, André Cairo, ocupou espaço e enquanto discursava na Tribuna Livre, uma espécie de feira, ocorria entre os vereadores. Um barulho infernal.

André Cairo, avô de vários movimentos, protestos e projetos na cidade, aos gritos, protestou contra a indiferença dos que estabeleciam diálogos risonhos ou o ignorava. André não é bobo nem aceita ser feito como tal. Ele debatia sozinho. Pregava no deserto. Uma humilhação.
Aliás, quando chegam autoridades, o ambiente muda. Por sinal, quando os holofotes da grande mídia estão na Câmara, os vereadores mostram-se atenciosos, atentos, e ficam mudos enquanto os medalhões falam. Aí, fica todo mundo sintonizado.

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