“Educação sexual desde cedo não estimula vivência precoce do sexo”
Por mais que falar sobre sexo ainda cause incômodo a muitos pais, são justamente eles que precisam abrir um canal de diálogo o mais cedo possível com os filhos para que a vivência da prática sexual lá na frente aconteça de forma responsável. “Os pais são e sempre serão o porto seguro e os principais educadores dos filhos“ afirma a sexóloga Laura Muller, que acaba de lançar o livro “Educação Sexual em 8 Lições” (Editora Academia do Livro). Ao contrário do que muitos possam pensar, Laura esclarece que a educação sexual das crianças não estimula uma vivência precoce do sexo. “É justamente o oposto. Percebemos que quem passou por ações educativas inicia sua vida sexual de forma mais responsável. É essencial preparar o jovem para que, ao chegar sua hora de viver o sexo, ele o faça com consciência e cuidado”. Confira a seguir entrevista com a sexóloga Laura Muller:
iG: Qual sua avaliação sobre a educação sexual de crianças e adolescentes atualmente?
Laura Muller: Estamos muito mais abertos para lidar com o tema “sexualidade” no Brasil, mas ainda temos muito o que melhorar. Por exemplo, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), sexualidade precisa ser um assunto transversal no ensino, a partir dos seis anos de idade. Ou seja, a criança começa a estudar o tema com essa idade e as informações vão mudando e acompanhando sua evolução. O tema deve ser trabalhado em diversas disciplinas. Isso deveria ser aplicado na totalidade das escolas brasileiras, mas não é bem assim. Temos muitas escolas que realizam a educação sexual de acordo com o PCN, mas uma boa parcela não inclui esse tema na grade curricular.
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